Brooklin: não há prazo para remoção de favelas

Um dos desafios da Prefeitura de São Paulo para a construção do túnel até a Rodovia dos Imigrantes e a remoção de 16 favelas da região do Brooklin é encontrar terrenos na zona sul para fazer o reassentamento das cerca de 10 mil famílias que serão removidas. O Plano Diretor de 2002 determina que a construção de moradias populares deve ocorrer na mesma região onde foi feita uma determinada desapropriação.

Os questionamentos dos vereadores e do Tribunal de Contas do Município em relação à construção do túnel até a Imigrantes ocorrem no momento em que o governo já cadastrou 7.500 famílias que serão removidas. Faltam apenas os dados de 1.500 moradores, conforme a Secretaria de Habitação.

“Serão construídas 10 mil moradias. Ninguém vai ficar sem o direito do reassentamento”, afirmou ontem Elisabete França, superintendente da Sehab. Ela tentava tranquilizar os cerca de 300 moradores da região que foram à Câmara acompanhar a audiência pública do projeto. Até agora, entretanto, o governo não encontrou terrenos na região para construir as moradias.





“A busca por terrenos na região do Jabaquara é uma prioridade. Estamos tentando encontrar espaços para os prédios que serão erguidos pela CDHU”, afirmou Marcos Penido, secretário adjunto de Obras.

Os líderes comunitários, entretanto, temem ficar com o auxílio aluguel de R$ 300 mensais por tempo indeterminado, até os imóveis da CDHU ficarem prontos. Cerca de cem moradores da Vila Facchini, bairro de classe média, também protestaram contra as remoções. “A obra já vai começar, só que não foi nenhum perito do governo avaliar minha casa até agora”, reclama a pedagoga Vanessa Gerônimo, de 39 anos. Os vereadores Aurélio Miguel (PR) e Antonio Donato (PT) querem que o governo apresente à Câmara um projeto que detalhe como serão as remoções.

Fonte: Agência Estado





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